sexta-feira, 28 de junho de 2013

Da série árvores





CARRY ON  

Falavam galhos ressequidos:
- O que? Onde vais?  Pensas que atravessarás o muro?  O muro é duro, amigo.
Uma lágrima percorreu o broto, olhos arregalados, respondeu para dentro.
 E fora, o silêncio de quem segue em frente.
E permanecem os ressequidos em  sua fala quebrada :
- Pequeno broto, tão imaginativo.
O broto segue e imaginativo.
E ele continua, onde os outros desistem.
-O muro é escuro, vais entrar aí? Nem tem espaço para que passes. Acreditas que será árvore?
O broto já não estava ali, já era raiz, já era caule, já era folha, dançou nos sulcos, ofertou flores.
Raiz bailarina de um mundo abissal.
A pedra cedeu um pedaço de si,  gostou do afago que recebeu e deu passagem.
Todos diziam que era tão fria, mas não sabiam o quanto ela gostava da vida e dava passagem à poesia.
 
(Fotografia e Escrita por: Mariana Bernardes Goulart).


segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Eu vou! por que não?"



"Eu vou! por que não?"

Pensa(dor), 
               transforma(dor) e
                                   liberta(dor). 

            A dor é o nó que segura os passos; o medo: a miopia do mundo. Saltea(dor). Solte-a. Venha dançar no universo do encontro psicoterapêutico do movimento que fala(dor), brinca(dor), ressignifica(dor) e supera(dor). E o repõe no centro de seu ser devir. Podem vir! 
É uma jornada de amor à vida VIVA. Pode ser, por vezes, dolorida, mas é mais colorida e não ressequida. 

               É buscar a melhor cor, o melhor sabor, o maior amor... não dar espaço para o "d" do desânimo, do dedo que aponta com desdém as feridas de algum alguém, enquanto foge da sua(dor) e pânico. 

              Lembro-me, nesse instante fecundo, de uma música de uma Banda chamada Subtropicais que dizia assim: " Por que você não pula na piscina do teu próprio coração". 

Parafraseando Caetano Veloso: 
E lá fazer um "anti computa(dor) sentimental", para identificar o objeto voa(dor) e quem sabe encontrar "a sua" "Alegria, Alegria". Que pode ser a de Caetano, a minha, ou simplesmente a sua música inédita. 

Podem vir!!!!!! 

Mariana Bernardes Goulart - Psicóloga - CRP 07/20568
mari.gou@hotmail.com


Agradecimento: À Vida e sua potência; À Simone Armentano Bittencourt, seu olhar, e sua interpretação do Pensa(dor), quebra na palavra que desdobrou essa escrita.



domingo, 2 de junho de 2013

Em tempos de Rascunho...

 lendo, copiando, criando.... minhas ideias mergulhadas...
                              Inventando o inventado... escrevendo o pensado do impensável da ordem do indizível...

Em tempos de rascunho, meios que justificam fins...
                                                             Embaralhando Ferreira Gullar, Rilke, Deleuze, Lacan, Mariana....
                                                                                                               Mergulhando na madrugada...  "na radiante solidão
                        mãe do poema..."    
                                                  "O futuro não está fora de nós,
                                                                                               mas dentro como a morte
                                                                                                 que só nos vem ao encontro depois de
          amadurecida".
                                                                                                                   O futuro é a poesia.