domingo, 16 de dezembro de 2012

Do meu coração


Amor pelos meus irmãos que se estende e se renova em seus filhos...  
Laísa, Enzo e André, sou feliz em ser tia de vocês! Estou em suas raízes, assim como vocês são lindos brotos dessa imensa árvore que é a família e a vida. Um dia serão raízes de novos brotos, interligadas as raízes que lhes nutriram com alimentos, palavras, experiências, arte e vida... Isso é o poder do amor. A vida se recria quando em solo amoroso as raízes recolhem e enviam a nutrição para seus brotos. Eu os amo, vocês são pequenininhos ainda, mas já cheios de talentos e personalidade que os familiares narram e lembram de algumas como herdadas de parentes. Aos poucos vocês se tornarão sujeitos do próprio discurso e escritores de suas próprias histórias, mas para isso antes deve se ter sido narrado... um dia saberão através dessa escrita que foram amados desde o início e que vocês me encantam, me alegram...
          André um bebê tão tranquilo e com expressões e voz fortes. Eu adorei as vezes que dormiste em meu colo e eu sentia tua respiração. Filho da minha irmã... aquela que tantas vivências compartilhamos, 15 anos dormindo no mesmo quarto... tirando os” nove fora” foi muito bom. Ela é geniosa, mas sabe amar como nem ela sabe que sabe, ela sempre me defendia e cuidava de mim,  xingava também. E uma cena que me apaixonou foi vê-la te amamentar e teu pai babando em volta, cuidando de vocês dois. Eu fui a primeira a dizer que tu estavas chegando... Tua mãe achou que eu tava louca. Eu já sabia que te encontraria e que seria meu afilhado. Te amo. Agora vamos ver o que juntos vamos escrevendo, meu meninão.
        Enzo, lindo, primeiro sobrinho menino, segundo filho do meu irmão. Lembro que no dia que nasceste eu estava indo ao hospital te conhecer, liguei o rádio do carro e disse que a primeira música que tocasse seria tua. Tocava “Boys don‘t Cry”. E fiquei uns três anos pensando sobre o que dizer disso. E agora já sei o que te dizer. Tu foste me apontando às respostas. Meninos choram e se emocionam, falam sobre seus sentimentos, isso é bonito e muito corajoso. Quando choramos temos que aproveitar a água que rola, para nutrirmos a terra, para plantar novas sementes que nos façam mais rir que chorar, para que os choros sejam de alegria, pois é isso que tu mereces nessa vida, pois é o que tu sempre transmite. Tu és um menininho de três anos cheio de amor, observa a quem vai ofertar o sorriso, mas quando confia é só amor, só alegria. É muito bom brincar contigo. Adoro quando atiramos beijinhos e falamos em amor, tu és muito sincero, cultive isso ao longo da tua vida. Ser sincero é às vezes chorar, às vezes sorrir e buscar ser feliz. Te amo. P.s.: Terás sucesso com as meninas.
          Laísa, nossa história é mais longa, já são dez anos de muita convivência, identificações, parcerias. Filha do meu irmão querido, meu irmão brincalhão, que tantas vezes segurou minha mão. Ele que me levou, pela mão, ao colégio no primeiro dia de aula depois da morte do pai, eu tinha sete anos e ele estava lá tentando me alegrar. Minha primeira sobrinha, nasceu com o mesmo signo e mesmo ascendente da Dinda Maliana, e falam por aí que ela é a minha cara. Eu e ela pensamos assim e gostamos disso, né Pitoca? Um dia a mãe dela perguntou se ela se achava parecida com a mamãe, ou com papai. Prontamente Laísa respondeu – Com a Dinda. Tem dias que nos entendemos pelo olhar, outros temos que gastar latim mesmo. Foram muitas idas ao Parcão, passeios na redenção, momentos de contemplar a natureza, inventar histórias escrevê-las desenhá-las. Somos parceiras nas invenções, mas ela é mais talentosa do que eu nesse sentido. Desde que ela era bem pequena eu já observava sua postura de artista e riqueza de seus desenhos, confesso que até aprendi a desenhar melhor, vendo seus desenhos e suas criações. Ela é um encanto, sabe ser questionadora, sempre foi desafiador ensinar “coisas sobre a terra a água e o ar” para essa mocinha, mas a Dinda é danada, né? Um dia eu estava corrigindo a moça e ela com uns sete anos, me disse: - “Ai Dinda tu é tão inteligente, mas isso é tão, é tão...chato”. Eu ri muito e dei uma maneirada naquele dia. Enfim, tem sido muito bom conhecer cada vez mais essa linda sobrinha, compartilhar momentos... Ela me encanta. Tenho saudade de pegá-la no colo, agora ela anda fugindo do colinho, mas ela sabe que está sempre aqui para ela. Laísa, contigo eu fui aprendendo a ser tia e Dinda, algumas vezes perdi tempo querendo dizer o que tu tinha que comer, ou deixar de comer, acho que teu irmão e teu primo se livrarão disso, pois já entendo que isso é coisa dos pais, que eu tenho mais é que ser tia (risadas tímidas).  Meu “focinho”, meu amor por ti é incondicional e quero, hoje, deixar uma mensagem para ti com muito amor. Ser inteligente, ter mente questionadora é muito bom. Mas cuida para não ficar muito crítica, contigo mesma , com as pessoas, coisas e fatos. Na vida às vezes perde-se tempo com as críticas, pode-se  e deve-se ter opinião, mas precisa-se compreender que cada um ouve a música conforme o conjunto musical que carrega dentro de si. Ah, a Dinda jura que não vai mais falar que a Hanna Montana é chata, pois bom mesmo é estar contigo. Sempre te ensinei que o importante eram os momentos, né? Isso não era só porque a Dinda era estudante sem grana (rsrsr) é porque é verdade! Te amo e estou aqui para nossas brincadeiras, passeios, conversas e para ver o filme da Encantada aaaa aaaa aaaaa. Quais serão os próximos filmes???

Sabem por que eu posso escrever isso hoje?? Porque a avó de vocês, minha mãe, sempre implorou que fôssemos unidos, ficava muito chateada e braba quando os irmãos brigavam. E esse valor ela transmitiu, apesar de todas as intempéries da vida queremos estar juntos no Natal e damos valor à família, mesmo quando fingimos que não.
Mãe, Muito Obrigada! Obrigada por ter sido a nossa raiz! ( Do meu coração... Mariana)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Da série minha janela... (Continuação)


Hoje a brisa da tardinha veio me fazer um carinho, a luz do sol incentivar meus estudos, o canto dos pássaros embelezar o momento e a parada para reflexão. E assim, reconhecer que a natureza nos oferta tudo que precisamos para trabalhar com alegria e dedicação... Basta reconhecer o carinho da brisa e o abraço do sol... E assim lembrar que as nuvens sempre passam, que o sol está acima delas, e, de modo geral, elas e seu despejar de água preparam a terra para novas semeaduras... Que sementes vocês têm nas mãos?
( Da minha janela, 9 de Dezembro de 2012. Mariana)