Duas
árvores que poderiam ser três, ou todas do mundo, mas eram duas que apenas
aspiravam ofertar oxigênio para o mundo respirar, até que começaram a se fitar.
Árvores,
doces árvores, generosas árvores... Ninguém sabia dos dias que vertiam lágrimas, pois
elas continuavam ali.Fortes. Sutis. E quem poderia negar que os braços mais desenvolvidos
eram os que se direcionavam ao outro, na solidão de seus crescimentos se
fitavam.
Algumas
flores, alguns frutos, em algumas estações exalavam beleza, noutras, perdiam
suas folhas, não sem pesar, mas para manterem-se vivas. Elas sabiam que era a
lei da vida. Alguns dias choravam folhas com os ventos que as sacolejavam, mas não
sem beleza, apenas leves tristezas levadas com o vento. E devolviam flores,
carinhos em brisa.
O mesmo vento que leva suas folhas é o que espalha suas sementes. E é assim que se encontram após se fitarem. Lançando suas sementes ao vento. E é assim que se reproduzem para além de si. Se multiplicarão após se desenvolverem. Com o amor, o tempo e a brisa.
O mesmo vento que leva suas folhas é o que espalha suas sementes. E é assim que se encontram após se fitarem. Lançando suas sementes ao vento. E é assim que se reproduzem para além de si. Se multiplicarão após se desenvolverem. Com o amor, o tempo e a brisa.
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No
todo e no nada
No
início, no meio e no fim somos todos raízes no todo da terra entrelaçados; no tronco: solitários; no social: libertados,
na medida do alcance dos nossos galhos, compartilhando na leveza do ar das
ideias, nas ações dos ventos. De onde vão e vem o todo do nada que nada no
todo.
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Hegel
expressa que num ramo de árvore está o universal e o particular
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Ela as observa quando vai e vem do nada, quando lhe convém, quando é grama e terra, quando é pássaro e pedra, quando está na entrega. E é "como se"... os dois significantes que a fazem voltar para escrever.
Mariana Bernardes Goulart ( No mundo)
Mariana Bernardes Goulart ( No mundo)