terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Parafraseando!


Estava para escrever algo, sobre o início da experiência clínica, em psicologia, foi quando escutando a música “Nos bailes da vida” de Miltom Nascimento, fui tomada por uma emoção que me colocou a brincar com meus pensamentos e tal canção. A música fala de como um cantor põe o pé na profissão, a melodia me cativou e tal temática encontrou eco na minha rede de sentidos. Então brinquei com a letra compondo um sentido próprio.
Nos bailes da vida... Nas salas do SAPP
Foi nas salas do SAPP
Em troca de supervisão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De se apropriar de um instrumento, de escutar e de interpretar
Prestando atenção a que instância psíquica de quem pagou não quis ouvir
Foi assim
Supervisionar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para compreender nada era longe tudo tão bom
Até as dialogadas intermináveis, e todo trabalhão psiquico
Era assim
Com o rosto encharcado e a alma
Repleta de chão
Todo psicólogo tem de ir onde a raiz do ser humano está
Se for assim, assim será
Escrevendo me despeço e não me canso
de viver nem de clinicar (sonhar os sonhos não sonhados pelos pacientes)

sábado, 25 de setembro de 2010

Olhei! Pensei! Acordei!


Acordei...
Era uma manhã cinza.
Olhei através da janela.
Pensei...
É primavera, e eu não vejo o sol.
Não a reconheço.
Mas andam falando que ela já chegou...
Vou desacordar!
Apenas avisto uma cinza natureza urbana.
Olhei...
E o cinza do asfalto intensificava, nos meus olhos, o cinza do céu.
Eis que olhei melhor e brilhou nos meus olhos uma árvore florida.
Reinventando o dia.
Sim, é primavera!
Começou outra estação.
Pensei...
Mais uma primavera no meu coração.
Trazendo a promessa do verão.
Ela ainda não me mostrou a que veio, nem toda a sua beleza, mas aquelas flores, me anunciaram que dias mais coloridos virão e que se choveu tanto foi para nutrir a terra...
As flores já estavam renascendo e eu ainda não havia percebido, a primavera chegara enquanto dormia, enquanto não olhava...
E o cinza já não era mais tão cinza.
E o dia já não era mais tão frio.
Alias, como o rosa pode deixar o cinza mais bonito.
E mesmo que não possa ver o sol, sei que ele está próximo.
Nutrindo a flor que me emprestou sua beleza e poesia.
Para colorir meu dia.
E a manhã cinza virou uma tarde rosa...
E acordei: é primavera...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Costurando palavras; Tecendo sentidos.

Pontuações e Marcas.

Pontuações marcam e dão sentido à escrita.

Escritas marcam sentimentos, pensamentos e vivências.

Vivências e escritas tecidas com linhas de razões e emoções.


Pontuações, Marcas e Vivências.

Vivências são marcadas por emoções;

Explicadas pela razão.

No corpo do texto, emoções, emergem nas pontuações.

Nas vivências, emoções, emergem nos encontros.


Pontuações, Marcas, Vivências e Encontros.

Encontros não necessariamente marcam.

As marcas se realizam quando as partes que se encontram se relacionam.

Relação implica troca.

Relação deixa marcas.

Das superficiais às profundas.

As profundas são as que alcançam mais níveis da existência.


Pontuações, Marcas, Vivências, Encontros e Relações.

A caneta e o papel se encontram, o encontro não é garantia de marcas.

Assim, podem se desencontrar e seguir seus destinos, sem interferências.

Sem produzir uma diferença, em uma rede de sentido.

Quando a partir do encontro, caneta e papel se relacionam.

A caneta provou a textura do papel...

O Papel provou a tinta...

Marcada a diferença, nenhum sairá igual.

E a produção de algo novo é a conseqüência.

E por trás disso, um ser humano que vive, encontra, desencontra, relaciona, marca e pontua...

Por viver, sentir, pensar e escrever, com intensidade e originalidade.


Pontuações, Marcas, Vivências, Encontros, Relações, Existências...

As possibilidades nunca acabam, muitos são os caminhos, na escrita e na vida.

Basta deixar solta a criatividade!

As possibilidades de costura de palavras e sentidos são infinitas.

Dado que não quero cansar os caros leitores, com minha brincadeira inventiva, vou parando por aqui.

É sábio, saber a hora de parar, na escrita e na vida.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pontuações que escapam à razão

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Escrevendo com
Mente, Coração e Mãos.
Com exclamações, interrogações;
algumas vírgulas; desejos e dúvidas.

Um ponto?
Um ponto!
Um ponto.

E quando "um ponto", o último,
insiste em se multiplicar por três,
no coração de alguém...

Escolha?
Escolha!
Escolha.

O que fazer?
Há que se ter serenidade!
Há que se ter coragem.

Se pontos estão contidos no coração,
Deixe a mente e mão,
Para criação...

O Coração multiplica,
Mente e Mão, como podem, seguem,
esse nobre ditador.

Mente? Pergunta!
Coração! Impera?
Mãos.... os concilia.

Com ponto!
Sem escolha?
Com e Sem razão.
Pontuações...