domingo, 17 de fevereiro de 2013

"Da série minha janela" em interface com "Do meu coração"...do que vejo, do que sinto.




 E antes, inebriada pela imensidão intocada, deitada na grama do quintal, já as olhava "brilhar, brilhar, quase sem querer". Antes, naqueles dias de infância, sempre a vê-las, desejando entendê-las. Elas e seus movimentos, que ainda não eram entendidos como meus.  E existia a certeza que elas podiam também me ver e quem sabe me entender... Olhos arregalados, esperando o que me fizesse crescer.  Estrela. Estrela. As músicas sempre me contavam os segredos das constelações do outro polo do meu coração. Agora, já não  há tantos segredos. "Deixar, deixar ser o que se é", já sou, já sou o que sempre fui.


Mariana Bernardes Goulart

3 comentários:

  1. "O silêncio é o espaço interior de que precisamos para crescer." Escrever é um silêncio que nos ofertamos. No silêncio regamos nossos sonhos. No silêncio encontramos o princípio do caminho e quando este for encontrado a estrela da sua alma mostrará a sua luz. Lendo esse antigo escrito do Blog, recordo-me dos tempos de infância, onde não havia tanta disponibilidade de tecnologias, lembro de ficar no meu pátio observando a natureza, sem saber que o fazia. E nos silêncios de hoje encontro aqueles silêncios e ainda os que virão. Talvez para um observador externo que me visse naqueles tempos de infância diria: Não estás fazendo nada. Em alguns momentos devemos fazer nada e receber o mundo como ele é. E assim, posteriormente, dar um sentido para isso que está dentro e está fora. 02-02-2017

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  2. Edmond Jabès : o deserto fora minha terra. O deserto é minha viagem, minha errância.

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  3. Edmond Jabès : muito barulho na desaparição do barulho. Silêncio para nada. A mão não ouve senão o silêncio; não ouve senão a mão.

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