E antes, inebriada pela imensidão intocada,
deitada na grama do quintal, já as olhava "brilhar, brilhar, quase sem
querer". Antes, naqueles dias de infância, sempre a vê-las, desejando
entendê-las. Elas e seus movimentos, que ainda não eram entendidos como
meus. E existia a certeza que elas
podiam também me ver e quem sabe me entender... Olhos arregalados, esperando o que
me fizesse crescer. Estrela. Estrela. As
músicas sempre me contavam os segredos das constelações do outro polo do meu
coração. Agora, já não há tantos segredos. "Deixar, deixar ser o que se é", já
sou, já sou o que sempre fui.
Mariana Bernardes Goulart
"O silêncio é o espaço interior de que precisamos para crescer." Escrever é um silêncio que nos ofertamos. No silêncio regamos nossos sonhos. No silêncio encontramos o princípio do caminho e quando este for encontrado a estrela da sua alma mostrará a sua luz. Lendo esse antigo escrito do Blog, recordo-me dos tempos de infância, onde não havia tanta disponibilidade de tecnologias, lembro de ficar no meu pátio observando a natureza, sem saber que o fazia. E nos silêncios de hoje encontro aqueles silêncios e ainda os que virão. Talvez para um observador externo que me visse naqueles tempos de infância diria: Não estás fazendo nada. Em alguns momentos devemos fazer nada e receber o mundo como ele é. E assim, posteriormente, dar um sentido para isso que está dentro e está fora. 02-02-2017
ResponderExcluirEdmond Jabès : o deserto fora minha terra. O deserto é minha viagem, minha errância.
ResponderExcluirEdmond Jabès : muito barulho na desaparição do barulho. Silêncio para nada. A mão não ouve senão o silêncio; não ouve senão a mão.
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